O transtorno bipolar é algo que afeta aproximadamente 2% da população, sendo considerado caso de saúde mental no qual a pessoa com Transtorno Afetivo Bipolar pode encontrar na psicoterapia e na psicanálise um apoio para lidar com os sintomas.
O que é o Transtorno Afetivo Bipolar
O Transtorno Afetivo Bipolar é um distúrbio psiquiátrico marcado pela alternância (às vezes súbita) entre episódios de depressão e euforia, também chamado de mania ou hipomania. Assim, a pessoa pode apresentar períodos assintomáticos entre os episódios, e as crises podem variar de intensidade, frequência e duração.
Ou seja, é caso de saúde mental, aparecendo tanto em homens quanto mulheres, sendo que na idade entre 20 e 40 anos o início. Geralmente, o quadro surge com uma fase de mania, que pode durar de algumas semanas ou até alguns meses. É comum repetir os ciclos entre episódios de mania e episódios depressivos, que costumam ter maior duração.
De acordo com os manuais internacionais de classificação diagnóstica de transtornos de saúde mental e outras doenças, o transtorno afetivo bipolar pode ser classificado em quatro tipos:
Transtorno Bipolar Tipo 1
O quadro se caracteriza por períodos de mania com duração mínima de 7 dias alternados com períodos de humor deprimido que podem se estender por semanas a meses.
Em ambos os períodos os sintomas são intensos e provocam mudanças importantes no comportamento e conduta, podendo afetar todos os relacionamentos afetivos e sociais, assim como o desempenho profissional.
Transtorno Bipolar Tipo 2
Trata-se de episódios de depressão alternados com períodos de hipomania; estado leve de euforia, excitação, otimismo e, às vezes agressividade, sem comprometer comportamentos e condutas a ponto de prejudicar a funcionalidade do sujeito;
Transtorno Bipolar Não Especificado ou Misto
Sintomas sugerem Transtorno Afetivo Bipolar, entretanto não se manifestam em número ou em tempo suficiente para ser classificado em um dos dois tipos citados anteriormente.
Transtorno Ciclotímico
Trata-se do quadro mais leve de todos, em que a pessoa apresenta oscilações crônicas de humor levemente deprimido com hipomania em curtos espaços de tempo, podendo ser no mesmo dia, inclusive. Entretanto, muitos desses casos passam despercebidos, sendo tais pessoas “rotuladas” de temperamento instável e difícil.
Sintomas de Transtorno Bipolar
Os sinais e sintomas do transtorno bipolar variam conforme o estado em que o paciente se encontra, evolução e particularidade do caso:
Depressão
- Humor deprimido;
- Apatia;
- Anedonia (desinteresse pelas atividades de lazer);
- Isolamento Social;
- Alterações do sono;
- Alterações da apetite;
- Redução da libido;
- Culpa excessiva;
- Ideação suicida.
Estado Mania
- Humor eufórico;
- Autoestima elevada;
- Pouca necessidade de sono;
- Agitação psicomotora;
- Aumento da libido;
- Ideias descoordenadas, associado a desvio da atenção e fala compulsiva;
- Irritabilidade e Impaciência;
- Gastos descontrolados de dinheiro;
- Delírios e alucinações.
Hipomania:
Sintomas semelhantes à mania, porém de apresentação muito mais leve e sem repercussão efetiva na vida pessoal e profissional do indivíduo.
CID 10 – Transtorno bipolar
CID 10 – F31 Transtorno afetivo bipolar
… [fonte: Livro CID]
Tratamentos para transtorno bipolar
Não há uma causa única conhecida e descrita para o transtorno afetivo bipolar. Contudo, fatores genéticos, associados a alterações em certas áreas do cérebro e nos níveis de vários neurotransmissores estão sabidamente envolvidos.
Sendo assim, o diagnóstico do Transtorno Afetivo Bipolar é essencialmente clínico, baseado na história e no relato dos sintomas. Diversos são os diagnósticos, assim, o acompanhamento especializado a longo prazo é fundamental para o bem estar do sujeito com hipótese diagnóstica.
Ou seja, o tratamento para o Transtorno Afetivo Bipolar consiste em psicoterapia, medicamentos (com acompanhamento de médico psiquiatra), além de mudanças no estilo de vida. Evitar substâncias psicoativas, como café, álcool, maconha e outras drogas.
Por fim, a psicoterapia e a psicanálise são instrumentos de apoio na prevenção das crises da pessoa bipolar, além de ser um facilitador ao tratamento médico da rede de apoio em torno do sujeito.
Em conclusão, para lidar com o sofrimento, a ajuda de um profissional psicólogo ou psicanalista é importante. Nas sessões, falar sobre o que te incomoda, você e analista juntos, serão capazes de encontrar formas de lidar e enfrentar essa dor.