Afinal, o que é Ego? Neste texto explicamos, de forma simples, o conceito de Ego para a Psicanálise. Aliás, muitos termos utilizados na psicanálise foram incorporados ao vocabulário cotidiano, contudo nem todos os significados destes termos estão relacionados ao ofício dos psicanalistas. Assim, o que é Ego para a Psicanálise?
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O que é Ego
Para começar, a definição ou conceito de ego na Teoria da Psicanálise é uma construção de Freud em sua Segunda Tópica do Aparelho Psíquico. Ou seja, a estruturação teórica na qual aparecem as três instâncias – Id, Ego e SuperEgo. (Anteriormente Freud concebia o aparelho psíquico em consciente, pré consciente e inconsciente).
Entretanto, vale lembrar que o termo “Ego” foi cunhado pela tradução, pois nos escritos originais, Freud utiliza-se do Eu.
Os Três Elementos da Segunda Tópica
Conforme já elencamos acima, a teoria psicanalítica da segunda tópica de Freud se constrói de forma resumida a pela via de três elementos:
- Id
- Ego / Eu e
- Superego / SuperEu
Id
O Id segue o princípio do prazer, que trabalha para a gratificação imediata de todos os desejos. Também trabalha em virtude das vontades e necessidades de ordem primária, ou seja, para o atendimento das necessidades fisiológicas.
Se essas necessidades não são satisfeitas imediata, o resultado é um estado de ansiedade ou tensão. Por exemplo, um aumento da fome ou sede deve produzir uma tentativa imediata de comer ou beber, caso contrário sentimentos de raiva, ansiedade, medo e tristeza podem emergir.
Ego
Fara responder a pergunta o que é Ego, vale pensar que o conceito tem como base o princípio da realidade. Essa realidade é adquirida através do meio sócio-cultural, onde o Eu, ao assimilar esse meio, começa a se esforçar para satisfazer os desejos do Id de forma realista e adequada de forma social.
Assim, Ego, ou o princípio de realidade, pondera sobre os custos e benefícios de uma ação, negociando com o Id um processo de gratificação atrasada. Neste sentido, apesar da vontade absurda de agir por impulso, o Eu vem e controla essa vontade, adequando a ação para o meio social e as relações postas no mundo externo.
Ideal de Eu – Ideal narcísico de onipotência, forjado a partir do narcisismo infantil.
Eu ideal – Convergência do narcisismo com as identificações com os pais, e outras figuras.
Mecanismos de defesa do Ego
Após breve conceito sobre o que é o Ego, seguimos com os mecanismos de defesa do Ego. Ou seja, a conversão, formação reativa, deslocamento, projeção, negação, racionalização, recalcamento ou repressão, recusa, regressão e sublimação.
Em conclusão, um equilíbrio entre as três estruturas é saudável para evitar que os impulsos do Id e os imperativos do SuperEgo não se tornem patológicos, ou atrapalhem por demasiado as angústias do Ego no foco de uma vida equilibrada.
SuperEgo
Finalmente, a terceira e última estrutura é o superego que, de forma conceitual, é o aspecto da personalidade que mantém nossos padrões morais dentro de um campo histórico-cultural. Tais regras de conduta moral, valores e juízos, são internalizadas pelo sujeito, ainda composto do Id e Ego.
Desse modo, o superego é o imperativo, que fornece diretrizes e julgamentos.
Em síntese, é necessário um equilíbrio entre as três estruturas psíquicas. Por exemplo, com um ID dominante, o resultado poderia ser um indivíduo impulsivo, com sérias dificuldades de socializações. Já um superego hiperativo, o resultado pode ser um indivíduo radicalmente moralista, alienado a conceitos ortodoxos. Um ego potencializado, poderia criar um indivíduo apegado demais à realidade, rígido e incapaz de flexibilizações com regras ou estruturas.
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